Assim que um deles pegou o celular para exibir as imagens, Katrina, com medo da verdade ser revelada, tentou dar um tapa para derrubar o aparelho, mas Eduardo segurou o pulso dela, firme, e disse:
— Não atrapalhe o trabalho da polícia.
— Que exemplo de cidadão, Sr. Eduardo. — Comentou o policial.
E então, ele deu o play...
A gravação mostrava claramente uma mulher atravessando o farol vermelho, puxando uma criança pela mão. A menina parecia inquieta, tentou puxar a mulher, mas ela não percebeu, parecia totalmente distraída em pensamentos. De repente, um carro branco veio rápido demais para frear. No momento de impacto, a mulher escolheu se proteger e soltou a mão da criança. O corpo minúsculo voou e tombou no asfalto, em meio a uma poça de sangue.
Tela azul, vídeo encerrado.
Eduardo continuou olhando para o celular, estático. A imagem final de sua filha caída em meio a uma poça de sangue se repetia na sua mente. Depois, ele se voltou para Katrina e questionou:
— Isso é o que você chama