À noite, o casal voltou para a mansão deles.
Nos primeiros dias do ano, a Cidade D estava especialmente animada, com fogos de artifício iluminando todo o caminho. No carro, as duas crianças tagarelavam sem parar, enquanto os dois adultos, sentados ao lado, olhavam para as luzes lá fora, cada um imerso em seus próprios pensamentos.
A palma da mão do homem, discretamente, agarrou a da mulher. Helena não a afastou.
Ao chegarem em casa, a pequena Bella, que até então falava sem parar, já dormia profundamente, até babando. Gonçalo também, ainda balbuciava palavras adocicadas em seus sonhos.
Bruno carregou os filhos pela escada acima, um por um. Helena achou que aquilo era muito cansativo e quis chamar o motorista para ajudar, mas foi impedida por Bruno. Ele disse, com os olhos cheios de profundidade:
— As crianças crescem rápido, logo não vou mais conseguir pegar elas no colo. Enquanto posso, quero aproveitar.
Helena sorriu suavemente e não insistiu.
Na quietude da noite, Bruno carregava os