Os lábios da Sra. Fernandes tremiam. Ela estava envergonhada e furiosa, tomada por uma sensação de humilhação, como se tivesse sido completamente desmascarada.
Bruno não lhe entregou cheque algum. Ao falar, a sua expressão permanecia ainda mais fria:
— Se você não quer mais viver, eu posso até providenciar alguns modos de morrer. Pode escolher qual te faria partir de forma mais confortável.
Dessa vez, o corpo inteiro da Sra. Fernandes tremia como uma peneira. Ela só parecia feroz, na verdade não passava de uma covarde. A mais cruel da família Fernandes sempre foi apenas a Melissa.
Nesses últimos anos, Melissa vivera pior que morta, e ela e Marco não ousavam dizer nada. Agora que a filha tinha morrido, não passava de uma desculpa para arrancar algum dinheiro, pena que Bruno logo percebeu sua intenção.
Quando a Sra. Fernandes se preparava para sair, Bruno disse de repente:
— Vocês dois devem deixar Cidade D e nunca mais aparecer.
Tirou do bolso uma sentença judicial, a família Fernandes