— Solta...
Mas o homem não se importou com seu pedido. Seus olhos negros estavam cheios de intensidade, segurando o rosto dela com uma mão como se quisesse engoli-la por completo. Ele ainda agarrou os braços de Helena, puxando-os para seu pescoço.
Ele queria que ela o olhasse, queria que ela visse como ele a beijaria.
Tudo ficou confuso. Aqueles sentimentos reprimidos de amor e ódio irromperam, se transformando em um corpo colado ao toque apertado.
Lá fora, a chuva fina caía sem cessar.
No limite entre razão e desejo, eles ainda se controlaram para não chegar ao último passo. Helena se apoiou no ombro dele, a voz saindo leve e desesperada:
— Bruno, eu ainda te odeio.
A camisa de Bruno estava solta. Ele segurava o corpo macio da mulher, a voz úmida e rouca ao responder:
— Eu sei! Helena, eu sei!
Lágrimas quentes escorriam pelo rosto dela, mas Helena não deixava Bruno vê-las. Aquele era o seu momento mais vulnerável.
...
À noite, Bruno voltou para a suíte principal.
A mala estava jogada