Tomás e sua esposa também haviam chegado.
Dentro da incubadora, Gonçalo movia seu corpo frágil com dificuldade, respirando com esforço, lutando para viver.
Harley se ajoelhou no chão. Ela olhou para o bebê e, com lágrimas nos olhos, falou ao filho:
— Bruno, por que você não conta para a Helena? O Gonçalo é filho dela, você não pode esconder isso dela para sempre. A família Cunha quer mandar ela para o exterior, e se... Se algo acontecer com o Gonçalo, ela nem vai ter a chance de vê-lo. Isso vai ser um arrependimento para toda a vida!
Bruno abaixou os olhos, sua voz rouca e quase inaudível:
— Uma chance de sobrevivência de um por cento. Como eu posso contar para ela? Contar só vai acabar com ela, vai tirar o sono dela, vai fazer ela sofrer. Eu prefiro que ela me odeie. Pelo menos, depois de superar a tristeza, ela vai poder viver bem. Ir para o exterior é bom, pelo menos ela não vai ficar triste, pelo menos ela vai poder ter uma vida nova.
Harley chorava copiosamente. Ela olhou para o p