Helena não ficou para o jantar.
Ela pediu o celular de Bruno, mas ele permaneceu em silêncio. Reprimindo suas emoções, Helena falou suavemente:
— Bruno, você quer me trancar de novo? Mas, dessa vez, eu não tenho mais minha avó.
A palavra "avó" perfurou o coração de Bruno.
Sua garganta apertou levemente, e ele respondeu em voz baixa:
— Vou te levar para casa. Quando chegarmos, te devolvo seu celular.
Helena não discutiu com ele. Ela trocou de roupa, vestindo o que usava quando chegou. Uma empregada da casa, preocupada com o fato de Helena precisar de repouso pós-parto, trouxe um xale grosso para cobri-la e disse algumas palavras com a voz embargada.
Helena se sentia desconfortável. Ao entrar no carro, seus olhos estavam marejados.
Bruno estava exausto, mas insistiu em levar ela pessoalmente. Para ele, aquele pequeno momento juntos era precioso. No futuro, talvez não houvesse outra oportunidade como essa.
Ele trocou de roupa, desceu as escadas e viu Helena sentada no banco de trás. Ao ab