A noite avançava, uma neblina branca subia pela montanha, envolvendo todo o cume.
Quando Helena saiu, estava completamente desorientada, seu corpo frágil mal se sustentava. Ela continuava murmurando o nome de Gonçalo, ainda imersa em uma dor infinita.
Bruno, ao vê-la, correu até ela e tirou o casaco, colocando-o sobre os ombros dela. Helena olhou para ele, sua expressão vazia. Seus olhos não tinham vida, apenas tristeza. Ela afastou suavemente a mão dele, não queria sua atenção, não queria sua proximidade.
O terno preto caiu ao chão.
O nó da garganta de Bruno se moveu, a voz saindo rouca:
— Helena, mesmo que esteja brava comigo, cuide do seu corpo.
Ela olhou para a escuridão à frente, dizendo com firmeza:
— Bruno, meu bem ou mal não tem nada a ver com você.
Bruno pegou o casaco e tentou colocá-lo sobre ela novamente. Helena o afastou violentamente, mas, ainda fraca do pós-parto e exaltada emocionalmente, caiu de forma reta e dura.
Helena desmaiou.
...
Durante a noite, Helena acordou.
A