Bruno pagou um alto preço para comprar aquele apartamento. Ele ainda ia lá uma vez por semana: cozinhava uma refeição, preparava uma xícara de café, às vezes passava a noite.
Quando isso acontecia, ele dormia na cama de Helena.
Do lado de fora, a chuva de primavera caía sem parar, ele ouvia o som da água. Gota a gota, caía sobre as folhas densas; logo, as verdes folhas do plátano estavam encharcadas e brilhantes.
...
Às vezes, ele encontrava Ana em certos eventos de negócios.
Ana administrava bem a Origin. Ao vê-la, Bruno tinha a sensação de ver a sombra de Helena, sempre precisava de muito tempo para se recompor.
Na recepção desta noite, não foi diferente. Bruno fumava sozinho no terraço, quando a porta de vidro se abriu. Quem entrou, por coincidência, foi a Ana.
Bruno a encarou em silêncio. Só depois de muito tempo, acendeu o cigarro entre os dedos e, como se fosse algo casual, perguntou:
— Ela tem estado bem, ultimamente?
Ana olhou para o horizonte e respondeu com naturalidade:
— Es