Ainda era o mesmo restaurante. Eles terminaram juntos a refeição que haviam deixado incompleta da última vez.
Bruno claramente havia se preparado com cuidado. A comida era ainda mais refinada que antes, o vinho tinto era de sua melhor safra pessoal, e até o ambiente estava diferente... Em frente à janela panorâmica, havia agora um piano caríssimo.
Tudo parecia falar de despedida.
À luz trêmula do candelabro de prata, sob a iluminação suave, eles se olhavam com serenidade. Fazia sete anos desde que se conheceram.
Bruno serviu meia taça de vinho para Helena, e disse suavemente:
— Beba um pouco, trouxe especialmente para esta noite. O caviar de hoje também está excelente, provei antes de mandarem servir.
Helena perguntou em voz baixa:
— Por quê?
Bruno sorriu com leveza:
— Está perguntando por que tanto esforço? Porque o Manuel teve, então eu também tenho que ter.
Helena abaixou a cabeça e sorriu levemente, quase indiferente.
Fazia muito, muito tempo que eles não conviviam em tanta paz. Ta