Capítulo 115
Era a primeira vez que Bruno ficava assim.

Curvado, com o corpo forte inclinado sobre Helena, ele se aproximou de seu ouvido e disse com uma severidade inédita:

— Se apaixonou por ele, foi? Essa saia que está usando... Vestiu de propósito para ele? Me diz! Foi por ele que você se arrumou? Fala!

A luz do quarto oscilava, desordenada.

Helena ergueu o queixo, o pescoço fino tenso, os olhos desafiadores mirando o homem furioso diante dela. Então, de propósito, respondeu com uma calma provocadora:

— Sim. Vesti para o Manuel.

Os olhos escuros de Bruno se estreitaram. Ele segurou a nuca dela com força e disse, gelado:

— Está pedindo para morrer!

A chuva da noite não cessava, caía com força como grãos de feijão despejados do céu, com vento cortante.

E só na madrugada a tempestade se acalmou.

No quarto, com a luz amarelada e fraca, o corpo magro de Helena estava coberto por um lençol fino.

Ela se virou de costas para Bruno e falou com frieza:

— Você já conseguiu o que queria. Agora pode ir.

Bru
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App