A empresa carregava o suor e o esforço do avô, era a prova das lutas que ele enfrentou na juventude e guardava inúmeras lembranças. Mesmo quando estava gravemente doente, à beira da morte, o avô ainda se preocupava com o futuro da empresa.
Rui percebeu a hesitação nos olhos de Gisele, e um brilho de triunfo passou por seu olhar. Com um sorriso frio, ele continuou:
— Se você não quer que seu avô fique inquieto no céu, vá pedir desculpas ao Simão. Implore o perdão dele.
Gisele cerrou os punhos com tanta força que as unhas se cravaram na carne, mas ela parecia não sentir dor alguma.
Rui voltou a se sentar no sofá e falou com um tom mais brando:
— Você deveria se considerar sortuda por Mestre Valente gostar de você. Há tantas pessoas que sonham em se aproximar da família Valente e não conseguem. Aproveite que o Simão ainda tem algum sentimento por você. Faça o possível para agradá-lo, case-se com ele e use a influência da família Valente para ajudar o seu irmão.
— Isso mesmo. — Lorenzo, se