Simão tinha decidido que, depois de tantos dias sem notícias de Gisele, era hora de procurá-la. As palavras de Bruno o haviam feito refletir, e ele começou a achar que, talvez, tivesse exagerado naquele dia. Foi com a intenção de acalmá-la que se dirigiu até o apartamento dela.
Mas, antes mesmo de entrar no condomínio, avistou um gari retirando uma caixa de papelão de um lixo. Dentro dela, estavam todas as memórias que ele e Gisele haviam compartilhado: artesanatos que haviam feito juntos, canecas de casal, chaveiros e até mesmo fotos dos dois. Tudo, descartado sem a menor hesitação.
A fúria tomou conta de Simão. Ele pegou a caixa e subiu diretamente para o apartamento dela, como um vulcão prestes a explodir.
— Gisele, isso é demais!
Simão estava tão furioso que os músculos de sua mandíbula estavam tensos. Veias saltavam de sua testa, e ele mal conseguia conter a raiva que queimava em seu peito.
Gisele levantou os olhos e notou que havia um hematoma na testa dele, além de um corte supe