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Capítulo 4 Lembre-se, Meu Nome É Jacó
— Então deixe o projeto de lado.

A voz de Jacó soou baixa e fria, carregada de uma ameaça silenciosa.

Alberto imediatamente fechou a boca. Ele não ousou dizer mais nada e, obediente, foi abrir a porta do carro.

Quando Simão chegou em casa, já era alta madrugada. Ele entrou cambaleando, com o cheiro forte de álcool, e começou a gritar:

— Onde está a Gisele? Ela ainda não veio se desculpar? Mande ela preparar minha sopa para ressaca!

Ele continuou chamando por algum tempo até que a empregada finalmente saiu de um dos quartos, com uma expressão hesitante.

— Sr. Simão, a Srta. Gisele não está aqui.

Simão franziu as sobrancelhas, parecendo não acreditar. Ele pegou o celular e viu a mensagem que havia mandado para Gisele, pedindo que ela preparasse a sopa, mas não havia nenhuma resposta.

“Muito bem, Gisele. Você está mesmo ousada, hein? Nem se dá ao trabalho de responder minhas mensagens!”

Furioso, Simão jogou o celular na cama, com o rosto tomado por uma expressão sombria.

A empregada, observando a cena, perguntou com cautela:

— Senhor, quer que eu prepare a sopa?

— Não precisa. Saia daqui! — Gritou Simão.

A empregada rapidamente deu meia-volta e saiu, fechando a porta atrás de si.

Quando Gisele acordou, já era manhã. O cheiro forte de desinfetante no quarto do hospital fez com que ela franzisse levemente as sobrancelhas.

Ela abriu os olhos devagar, tentando se acostumar com a luz do ambiente, e viu a silhueta alta de um homem parado perto da janela.

Por um breve momento, Gisele ficou confusa. Uma sensação de alegria passou pelo seu coração, e ela, com a voz rouca, chamou:

— Simão?

O homem ao lado da janela pareceu congelar por um instante antes de se virar lentamente. Quando ele olhou para ela, seu rosto frio e impassível estava iluminado pela luz do lado de fora, que acentuava os traços marcantes de seu perfil. A sombra de seus cílios caía sobre o olhar, intensificando a aura de severidade que ele emanava.

Quando Gisele finalmente viu claramente o rosto do homem, a esperança em seus olhos desapareceu instantaneamente, deixando seu rosto ainda mais pálido.

— Tio? Por que é você?

Era Jacó, o tio de Simão.

— Está decepcionada por ser eu? — Perguntou Jacó, sua voz fria, mas com um toque de ironia.

Ele deu alguns passos em direção à cama, e sua figura alta e imponente parecia cobrir Gisele como uma sombra.

Gisele sempre teve uma mistura de respeito e medo por Jacó. Naquele momento, seu rosto ficou tenso, mas ela tentou manter a compostura ao responder:

— Não. Apenas me confundi.

— Gisele, esta é a segunda vez que você me confunde. — Disse Jacó, com um tom gelado e um leve toque de descontentamento.

Os olhos de Gisele piscaram ligeiramente. Ela se lembrou de quando viu Jacó pela primeira vez, três anos atrás, na mansão da família Valente. Naquela ocasião, ela havia ido procurar Simão e viu um homem de costas no jardim. Ele tinha uma postura muito parecida com a de Simão e usava uma roupa branca casual, que era o estilo favorito de Simão.

Naquele momento, uma ideia brincalhona passou por sua cabeça. Ela decidiu pregar uma peça em “Simão”. Aproximou-se silenciosamente, ficou na ponta dos pés e cobriu os olhos do homem com as mãos.

— Simão, adivinha quem é? — Disse ela, com um sorriso radiante e uma voz alegre.

No entanto, a resposta não foi a voz calorosa de Simão, mas sim um tom frio e profundo, que parecia ecoar como água gelada:

— Eu não sou o Simão.

Gisele ficou tão assustada que rapidamente recuou, tropeçando nos próprios pés e quase caindo. Foi quando uma mão firme a segurou e a puxou de volta.

— Lembre-se, meu nome é Jacó.

A voz gelada soou acima dela. Quando Gisele levantou o olhar, viu um rosto incrivelmente bonito, mas marcado por olhos frios como gelo.

Naquele instante, ela percebeu que havia brincado com Jacó, o famoso “demônio” da família Valente.

Ela ficou aterrorizada. Desde então, sempre que o encontrava, fazia questão de evitá-lo.

Voltando ao presente, Gisele piscou, surpresa por Jacó ainda se lembrar daquele incidente. Ele era exatamente como os rumores diziam: alguém que guardava rancor.

— Me desculpe, tio. — Disse ela, com a voz baixa e hesitante.
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