Quando meu pai percebeu que eu o olhava, rapidamente voltou a sorrir:
— Se for para arrumar os livros, eu mesmo preciso voltar para organizá-los. Tem algumas coisas que não são mais necessárias.
Ao ouvir isso, percebi que ele já estava cedendo. Então, aproveitei o momento e continuei:
— Uma vez que resolver isso, você se livra dessa preocupação. Não vamos precisar ficar pensando naquele lugar todo ano. Não é um incômodo desnecessário?
— Dizem que as folhas caem onde as raízes estão, não é?
A voz dele soava melancólica.
— Pai! Eu não sou sua raiz? Onde eu estiver, vocês também deveriam estar! — Falei com firmeza.
Ele apenas sorriu, sem responder. Parecia ainda estar ponderando sobre o que fazer.
Daniel, entendendo o que eu queria dizer, entrou na conversa:
— Pai, a Luiza está certa. Fiquem tranquilos e vivam aqui de uma vez por todas. Já está decidido. Outro dia, mando alguém ir com você para ajudar a arrumar tudo e resolver a venda da casa.
— Não precisa mandar ninguém. Quando for a h