Os olhos sombrios de Daniel se fixaram em Teresa, e sua voz fria, cortante como gelo, ecoou:
— Solta ela!
A voz dele não era alta, mas carregava uma intensidade que atravessava o ar. Seu rosto estava tenso, com os lábios finos comprimidos em uma linha dura, e aqueles olhos penetrantes, como lâminas afiadas, encaravam Teresa. Ele caminhava em nossa direção, trazendo consigo uma aura de tempestade prestes a explodir.
Eu podia sentir claramente que a mão de Teresa, que segurava meu braço, começava a tremer levemente. O restaurante parecia ter se transformado em um verdadeiro freezer, com uma tensão insuportável. Até os clientes que assistiam à cena mal ousavam respirar.
Sophia, com a voz trêmula, murmurou:
— Sr. Daniel...
Havia um toque de choro em sua voz.
Os outros clientes começaram a murmurar baixinho:
— É o Daniel mesmo! Nossa, ele é lindo!
— O Daniel chegou! Não acredito!
Daniel continuava a caminhar em nossa direção, passo a passo. A mão de Teresa tremia ainda mais, e eu pude ouvir