— Espero que entenda, Rafael… se você quer jogar, eu também sei jogar — disse Lily, com a voz firme, embora por dentro estivesse em chamas. E então saiu quase correndo da sala, sem olhar para trás. Não queria ver a expressão dele, muito menos ouvir qualquer resposta.
Assim que cruzou a porta, sentiu as pernas falharem. As mãos suavam, o coração disparado. Lily nunca tinha feito nada parecido. Jamais tinha se permitido ser tão invasiva, tão direta. Muito menos com ele. Sentar no colo de Rafael? Aquilo parecia um delírio — e, de certa forma, era mesmo.
Ela já tinha tentado de tudo para esquecê-lo. Teve seus casos, encontros sem importância, na esperança de arrancá-lo da cabeça... principalmente depois que descobriu o envolvimento dele com Catarina. Mas nenhum deles tiraram o peso que ele ainda causava nela.
Ofegante, ajeitou o cabelo, endireitou as roupas, apertou os lábios e entrou no elevador. Desceu o mais rápido que pôde e correu para sua loja. Se ficasse no escritório, sabia que não