— Quem não faz nada de errado, não teme os fantasmas. — A voz do jovem estava fria e impessoal, enquanto escondia a faca na manga. Se não fosse por ela ter caído e, por reflexo, ele ter a segurado, aquele golpe já teria atingido seu coração.
Enquanto o jovem se aproximava lentamente, Vanessa, alheia ao perigo que se aproximava, segurava o peito e explicava:
— Embora eu não tenha feito nada de errado, o medo de fantasmas é algo natural, não é? — Ela de repente fixou o olhar no rosto do jovem. — Você se feriu?
O jovem hesitou por um momento.
Vanessa estendeu a mão em direção a ele, mas, instintivamente, ele recuou dois passos, com desconfiança.
— O que você quer?
— Fica calmo, eu só quero ver o seu ferimento. Como é que você fez o curativo e ainda está sangrando?
Ele tocou a face, sem perceber, e realmente encontrou sangue, mas não parecia se importar.
— Estou bem.
— Bem, você acha? — Vanessa o puxou sem dar ouvidos. — Deixa eu ver.
O jovem queria se soltar, mas quando a mão morna tocou