No entanto, o pequeno Henrique não conseguia entender a verdadeira situação. Ao ouvir que eu não o abandonei, ele soltou um choro assustado e começou a chorar desesperadamente.
— Não! Cadê a mamãe? Eu quero a mamãe! — Gritava, soluçando.
O choro dele deixou Marcelo, já triste, ainda mais confuso e aflito. Normalmente, ele só brincava com o filho e nunca cuidou dele por um dia sequer. Então, ele ficou segurando o menino até que ele cansasse de chorar e adormecesse em seus braços. Mas, no meio da noite, Henrique acordou de repente, chorando e chamando a mamãe.
— Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. Sua mãe vai voltar, ela ama a gente, com certeza ela vai voltar. — Marcelo o abraçou forte, acariciando as costas para acalmá-lo.
Mas Henrique não quis ouvir uma palavra.
— Eu quero a mamãe! Eu quero a mamãe! — As lágrimas escorriam pelo rosto, e ele não parava de chorar.
Vendo seu filho, normalmente tão esperto e sensato, se transformar num monstrinho que só chorava, não comia e não dormia