Enquanto eu pensava, Marcelo avançou e me puxou para um abraço.
— Estrela, você voltou! Eu sabia que você sentiria saudades de mim e do Henrique! Que bom que você voltou, agora nossa família vai ficar bem.
Antes que ele terminasse, eu o empurrei friamente.
— Sr. Marcelo, você está enganado. Eu sou a psicóloga responsável pelo caso do seu filho. Nossa relação é apenas entre médica e família do paciente. — Disse.
— Meu filho? — Os olhos de Marcelo revelaram o mesmo desespero do Henrique. Ele me olhou destruído, os olhos completamente vermelhos. — Estrela, você desistiu até do nosso filho? Eu sempre disse a ele que, quando você se acalmasse, voltaria. Que tudo ficaria bem e voltaria ao normal com você aqui.
Fiquei surpresa e olhei para Henrique. Como esperado, o humor dele piorou visivelmente com a chegada do pai e nossa conversa.
Franzi a testa e puxei Marcelo para fora da sala, com firmeza.
— Viu? Você ainda se importa comigo e com ele. Você quer curá-lo, e ainda se importa conosco, não