“Faz anos que não nos vemos e, mesmo assim, você continua em cada um dos meus pensamentos. É engraçado como são as coisas. Hoje, aos 21 anos, finalmente recebi uma carta. Gostaria que fosse sua, qualquer coisa que não remetesse à partida de Loren. Você não faz ideia de como estou triste. Mal consegui me despedir dela. Mas o que veio junto é ainda mais assustador, senhor cafajeste. Seus filhos. Uma duplinha linda que, devido às mágoas passadas, não pude participar da vida deles. Eu ainda não acredito na morte de Loren. Ela merecia bem mais, viu? Talvez se o seu pai não a tivesse rejeitado, poderiam estar juntos hoje. Eu, com certeza, morreria de ciúmes, mas sei que seria o melhor para as crianças.
Aproveitando que estamos aqui, lembra-se daquela carta? Aquela a qual eu disse que via qualidades em você que ninguém mais enxergava? Óbvio que não, porque ela jamais teve seu destino. De qualquer forma, eu disse que um dia confessaria as suas qualidades e acho que, enquanto o meu sono não ch