Um sonho, ou, uma alucinação. Talvez um pesadelo, não se sabe. O certo era que, a visão diante de Ariadne mais aprecia o fim do mundo, o fim de um mundo que ela traçou e no qual havia espaço apenas para a felicidade, uma felicidade que se desmontou diante de seus olhos, ao ver o homem a quem queria amar, deitado sobre aquela cama de forma decadente.
— Jack! — exclamou, mas sua voz quase não se fez ouvir. Tão somente chamou a atenção da mulher deitada ao lado de seu namorado, a mesma que fez questão de se levantar, sem ao menos ter a decência de se cobrir, mas Ariadne não sabia o porquê de estar se sentindo traída.
— Olá! — disse ela, fingindo estar surpresa. — Minha nossa, eu não sabia que você iria chegar. O Jack não me disse que você tinha a chave e...
— Cala a boca, sua vagabunda! — vociferou a mulher mais alta, saltando com fúria sobre a loira mais baixa e tirando-a de perto da cama, com um abrupto puxão de cabelos, fazendo-a cair sentada no chão ao lado do criado mudo. —