O beijo na porta do escritório foi um selo de fogo em um tratado de vitória. Tinha o gosto de adrenalina, poder e uma promessa prestes a ser cumprida. As mãos de Isabella se cravaram nos ombros dele, respondendo à sua ferocidade com a dela, o corpo inteiro vibrando com a energia da batalha que acabaram de vencer.
Pedro a ergueu, sentando-a na borda de sua mesa de mogno, varrendo com um braço uma pilha de relatórios irrelevantes, que caíram no chão com um baque surdo. O som foi um decreto: os negócios haviam acabado. Aquele espaço, aquele momento, agora pertencia a eles.
Ele atacou o pescoço dela com beijos famintos, as mãos subindo por suas pernas, por baixo do vestido de tecido caro. A pele dela se arrepiou, o desejo uma onda avassaladora que ameaçava afogá-la ali mesmo, sobre os destroços de seu triunfo corporativo.
Mas então, ele parou.
Afastou-se, a respiração pesada, os olhos uma tempestade de desejo e um novo e surpreendente controle.
— Não aqui — disse ele, a voz um rosnado bai