A viagem no carro de Pedro foi um borrão de ansiedade para Isabella. Desta vez, não era o sedan da empresa com um motorista, mas o Aston Martin pessoal dele, um monstro de potência que ele pilotava com uma calma e foco absolutos. O mundo do lado de fora passava em alta velocidade, mas dentro do carro, o tempo parecia ter parado.
Isabella olhava pela janela, as mãos entrelaçadas no colo, a mente repassando os piores cenários sobre a saúde de sua mãe. Pedro permaneceu em silêncio por um longo tempo, sentindo a angústia dela, dando-lhe espaço. Mas o silêncio dele não era vazio; era observador.
Finalmente, quando já estavam na estrada, longe da cidade, ele quebrou o silêncio, a voz baixa e neutra.
— Há quanto tempo?
A pergunta era simples, mas carregada de significado. Ele não estava perguntando sobre a crise de hoje. Estava perguntando sobre tudo. Sobre o hiato de seis anos. Sobre o segredo dela.
E, pela primeira vez, Isabella não teve forças para erguer uma muralha. A vulnerabilid