42. TARSO
Só faz três dias que eu e Emília estamos separados, mas, para mim, parece que faz mais dias. Yan chegou cedo, para ir comigo assinar o maldito divórcio. Para falar a verdade, quase não dormi ontem à noite. Rolei de um lado para o outro, ansioso.
Seguimos juntos até lá. Não sei se era nervosismo meu, estou com a sensação de que Emília está custando a chegar. Se ela não vier assinar, é um sinal para ficarmos juntos, e vou correndo atrás dela, que nem um louco. Se ela vier, não haverá saída. Temos que nos separar.
Mas não demorou muito. Emília apareceu! Ela veio, para a minha tristeza. Eu a encarava a todo instante, na certeza de ver, através dos seus olhos, que é isso mesmo que ela quer também.
O meu coração estava inquieto, com tanta falação. Só queria me concentrar no olhar da Emília. Quando nos perguntam se realmente é a separação que queremos, Emília disse “sim”, enterrando, de uma vez por todas, a minha última esperança. Fiquei fora de órbita e não consegui responder nada. Yan t