36. EMÍLIA
Ao sair da reunião, já imaginava que Tarso estaria à minha espera, e ele estava lindo, segurando uma sacola. Acho que é um presente, mas, enfim, Tarso me abraça, sempre perguntando o que eu tenho! Não queria ter aquela conversa ali. Juntos, saímos do hospital e chegamos ao estacionamento. Vejo o luxuoso carro que Tarso comprou, e isso só reforça o que Clóvis falou.
Quando chegamos ao restaurante, enfim, podemos conversar. Tarso confessa, bastante emocionado, que quer ficar comigo de verdade. O meu corpo estremece quando ouvi essas palavras saírem da boca do Tarso, mas decidi, naquele momento, que era melhor nos afastarmos. Eu não poderia dar a ele o que há de mais precioso na vida de alguém, que é ter uma família.
Eu chorava muito, quando ele perguntava se era realmente isso o que eu queria, o nosso afastamento. Por dentro, não era isso o que eu queria! Mas não havia saída, quando não tenho vida própria para tomar decisões. A minha vontade era de falar para Tarso que a sua mãe foi