35. TARSO
Ouvir, da boca da Emília, que Clóvis revelou a ela toda a verdade, antes de mim, fiquei furioso. Mas o coração se entristecia por Emília pedir o nosso afastamento, no momento em que eu queria ficar perto. Entendo que ela, talvez, tenha medo de se magoar comigo, por eu ser um mentiroso, um homem sem propósitos. Ela, ao falar que não pode ter filhos, pouco me importava essa condição. Só queria mostrar para ela que não me importava com isso.
Perguntei a Emília se era isso que ela queria, e o seu silêncio foi a minha resposta. Deixei-a sozinha no restaurante. Ainda no carro, mandei mensagem para o meu irmão, perguntando sobre o endereço do tal Clóvis, e ele diz que vai me enviar.
Liguei o carro e acelerei, saindo do restaurante. Durante o caminho, uma mensagem chegou com o endereço do safado. Fui até o referido endereço. Anunciei-me como se fosse Allan, para ser recebido por ele. O segurança abre o portão, e entro rapidamente. A empregada abre a porta.
— Ah! É você, playboy, se passa