Lilly
— O que você está fazendo aqui?
Aaron pergunta novamente, e sua expressão me assusta. Ele já não parecia mais o cara debochado de sempre.
— Desculpa... — digo, e começo a andar em direção à porta.
— Não ouse entrar aqui de novo! — ele grita atrás de mim, fechando a porta com força.
Como não podia sair de casa, calcei minhas sapatilhas e desci até o salão. Fiquei ensaiando até tarde, tentando ignorar tudo, quando ouvi a porta se abrir atrás de mim. Virei devagar, e lá estava Aaron, parado, me observando em silêncio.
— O que você quer? — perguntei, tentando não dar atenção à sua presença.
— O jantar está sendo servido — ele respondeu, sem tirar os olhos de mim.
— Não estou com fome — disse, e percebi seus olhos se estreitarem. Ele veio em minha direção, olhando fixamente para o meu pescoço. Sua expressão mudou de repente. Sem dizer nada, puxou uma cadeira no canto do salão e se sentou.
— O que está fazendo? — perguntei, achando sua expressão estranha.
— Bom... já que você não vai