LILLY
A última lembrança que tenho é de Adam me alimentando no jantar, antes de o sono me vencer por completo. Quando desperto, estou em um lugar desconhecido. Meus olhos percorrem o ambiente e percebo que estou numa cabana — muito bem cuidada, aconchegante até, se eu não estivesse com um braço e uma perna engessados e sem saber como vim parar aqui.
Será que fui sequestrada por algum maluco do hospital?
Tento me mexer, mas a dor e o peso do gesso me impedem de sair da cama. Escuto um barulho vindo do andar de baixo. O coração acelera. Será que devo gritar por socorro ou esperar que meu possível raptor me encontre e decida o que fazer comigo?
— ALGUÉM AÍ? — grito, torcendo para que a resposta venha de um rosto familiar. — POR FAVOR, ME AJUDA!
Ouço passos correndo pelas escadas. Meu coração martela no peito até a porta se abrir. É Adam.
— Bom dia, meu bebê. Dormiu bem? — Ele entra com um sorriso doce e beija minha testa com carinho.
— O que está acontecendo, Adam? Onde a gente está? Com