Giovanni Bianchi
O silêncio é um veneno doce que se espalha pelo salão, misturado aos olhares sedentos da plateia que assiste ao espetáculo. Para eles, eu sou o mestre do prazer e da dor, o homem que controla corpos e mentes com um simples comando. Para Verônica, eu sou o seu senhor. O homem que a possui e a devora com um desejo que beira a crueldade.
Todos os olhares estão fixos em mim e na mulher pendurada diante de mim, braços atados acima da cabeça, corpo exposto, completamente à mercê do meu controle. A plateia é um borrão irrelevante. Para eles, eu sou um espetáculo. Para ela, eu sou o poder absoluto.
Eu caminho lentamente ao redor de Verônica, os saltos dos meus sapatos ecoando como trovões abafados pelo ambi