Bianchi Generation – 09h07 da manhã
O som dos saltos e dos cumprimentos formais ecoava pelos corredores impecáveis da sede da Bianchi Generation, uma das maiores empresas do setor, com ramificações em tecnologia, investimentos e desenvolvimento industrial.
Os funcionários que cruzavam o caminho da entrada principal, ao verem Giovanni Bianchi, imediatamente abaixavam a cabeça, ajeitavam a postura e recuavam um passo. Não era medo. Era reverência. Respeito.
Ele caminhava como quem sabia exatamente quem era e o peso que seu sobrenome carregava. Terno impecável sob medida, paletó alinhado aos ombros largos, cabelo penteado para trás, barba aparada, olhar de aço.
As portas de vidro da sala presidencial se abriram automaticamente, e ele entrou com a mesma presença de sempre.
Fria. Arrogante. Inatingível.
Sem perder tempo, tirou o paletó, pendurou na cadeira, abriu dois botões do punho da camisa e, antes de ligar o notebook ou olhar qualquer relatório, puxou o celular do bolso.
Discou.
— At