O aroma suave de café recém-passado preenchia os cômodos da casa, aquecendo as paredes como um abraço morno de outono. Pela primeira vez em muito tempo, o lar temporário de Sophia parecia irradiar uma paz serena, quase palpável. O ar estava limpo, e o silêncio era o de quem guarda segredos doces.
Sophia despertou com um sorriso preguiçoso nos lábios, o corpo ainda envolto no calor da noite anterior. A mão repousava sobre a barriga que crescia, e por um segundo, ela fechou os olhos e suspirou.
Era real.
Giovanni tinha voltado.
E ela não estava mais sozinha.
Vestiu a camisola de algodão branco e por cima, o robe felpudo que Silvia lhe dera dias antes. Caminhou descalça pelo corredor, guiada pelo cheiro de café e leite quente que dançava no ar como lembrança de infância.
Na cozinha, Silvia estava diante do fogão, mexendo uma panela com leite, os cabelos presos num coque frouxo e as bochechas levemente coradas pelo calor.
Sophia parou na porta, silenciosa. Mas Silvia ergueu o olhar e sorr