O restaurante ficava no alto de um dos prédios mais sofisticados de Boston, com vista panorâmica da cidade tingida de névoa. As luzes suaves, o piano ao fundo, o serviço silencioso. Era o tipo de lugar onde segredos eram sussurrados entre taças de cristal.
Marie Leroy já estava sentada à mesa quando Giovanni chegou.
Vestia preto, como sempre, com os cabelos presos num coque impecável e um batom vermelho escuro que destacava o sorriso de aparente confiança. O decote era ousado, as pernas cruzadas sob o vestido de seda mostravam que ela ainda sabia como usar o próprio corpo como arma.
Mas, quando Giovanni Bianchi apareceu no salão, ela congelou por um segundo.
Ele vinha como uma tempe