Acordei cedo.
Ou melhor, eu nem dormi. Estava completamente eufórico, a mente um turbilhão de pensamentos e possibilidades. Eu odiava essa sensação de estar sem controle, de não saber o que aconteceria a seguir.
Eu queria resolver tudo sozinho, agir à minha maneira, mas Kai usou aquela tática ridícula de envolver nossa mãe e, no final, fui forçado a contar a ele.
O silêncio na recepção do escritório era denso, carregado de ansiedade e incertezas. O ar-condicionado murmurava baixinho, lançando um vento gelado que parecia zombar do suor frio escorrendo pela minha nuca.
Kai estava ao meu lado, braços cruzados e expressão tranquila demais para quem estava prestes a testemunhar o possível desmoronamento da minha vida. Eu odiava o quanto ele parecia confiante, enquanto eu mal conseguia controlar a respiração.
— Está nervoso? — ele perguntou, como se não fosse óbvio.
O encarei, e as palavras queimavam na ponta da língua. Nervoso? Era um eufemismo. Eu estava à beira de um ataque d