Giovanna
A próxima vez que retornei à consciência, detectei de pronto o cheiro de mofo. Apenas por ele já sabia que permanecia no mesmo lugar onde havia despertado antes. Mas, dessa vez, havia também um perfume amadeirado, limpo, apesar do local. Então eu sabia que não estava sozinha. Alguém estava muito perto de mim – Finalmente. A respiração dela mudou. – disse uma voz grave. Pensei que a perderia. Será que ela pode me ouvir?
Tentei engolir, mas era como se pregos descessem pela minha garganta. Precisava abrir os olhos e ver onde eu estava. Tentei, mas falhei à princípio. Ouvi outra voz. Desta vez, aparentava pertencer a um homem idoso.
- Não tenho certeza se ela pode ouvir. Mas ela vai ficar bem. Estava desidratada, ficou muito tempo inconsciente, sem alimentar-se e sem tomar líquidos. O perigo maior foi a dosagem da droga que você deu para que ela apagasse. Mas agora ela está medicada. Basta mantê-la no soro e dar-lhe algum tempo.
- Obrigado. Eu tenho todas as instruções para cui