Giovanna
- Eu a quero morta – foi a primeira coisa que eu ouvi. Nenhuma parte do meu corpo obedecia aos meus comandos. Nem mesmos as minhas pálpebras. Meu instinto de sobrevivência gritava para que eu reagisse e corresse para longe, mas era inútil. Tentei me concentrar nos sentidos que me restavam. A audição estava bem. Percebi. O olfato também. Eu podia sentir perfeitamente o cheiro de umidade, terra e mofo.
- Você sabe muito bem que ela é o nosso bilhete dourado. Não podemos nos desfazer dela. – Era uma voz masculina agora.
- Você está cansado de saber que eu não estou nessa pelo dinheiro.
- Mas eles sim. Eles estão pouco se importando se você tem uma porra de uma dor de cotovelo. A Família quer resultado, entendeu.
- E o que você quer?
- Vingança. Isso é o que eu quero. Tenho a família daquele desgraçado comigo e isso é suficiente para destruí-lo, eu sei. Mas nós não estamos sozinhos nessa e eles não investiram seus recursos em vão. Eu os convenci de que estava fazendo um bom n