CapĂ­tulo 3

                     đźĄ€Melissa Lancaster🥀

- EntĂŁo, vai ficar por muito tempo?- Luciana pergunta me olhando por cima do ombro.

Me viro lentamente suspirando.

Na verdade, não queria ficar mais que um mês. Mas ao julgar o olhar de ódio de Adam, sei que minha estadia se prolongará.

- NĂŁo sei lu! - Confesso.

Ela me lança um olhar compreensivo e se senta na mesa a frente e me pede para sentar também.

Termino de arrumar a mesa para o almoço e me sento brincando com os talheres.

- Você já viu ele?- Questiona e dou de ombros.

Ela me olha surpresa e sorri.

- Não preciso dizer que ele não é o mesmo Adam de antes não é? - Balanço a cabeça negando.

Fecho os olhos lembrando do nosso encontro. Apesar da fĂşria aparente em seus olhos, nĂŁo posso negar que os anos lhe fizeram bem. Se pudesse descrevĂŞ-lo em uma sĂł palavra, seria AdĂ´nis. O Deus da beleza.

Seu corpo ganhou músculos, que ficaram evidenciados por sua camiseta preta agarrada ao seu corpo. Seu rosto duro, impassível. Seus olhos penetrantes como a mais polida esmeralda. Os lábios volumosos bem desenhados contornando e trazendo traços sedutores em sua personalidade. Não posso me enganar e dizer que o nosso reencontro não significou nada. Seria um engano. E temo em pensar quais sentimentos se reavivaram dentro de mim.

Luciana acaricia minhas mĂŁos por cima da mesa.

- Já sabe quando contará a ele? - Sinto meu coração se apertar.

E se quando eu lhe contar ele o rejeitar? - Me viro olhando pela janela lá fora. Blake sorri ajudando minha mãe a lavar seu carro. Suas gargalhadas ecoam lá fora e suas covinhas aparecem me fazendo lembrar de alguém.

Pego em suas mĂŁos apertando suavemente.

- O mais breve possível lu! - Afirmo. - Já esperei demais.

Suspiro.

- Ele ainda continua morando no mesmo endereço? - Pergunto expectante.

- Não. Ele se mudou há dois anos.

Se quiser lhe passo seu novo endereço.- Pisca para mim.

- Obrigada! - Agradeço.

Me levanto e vou ao armário procurando algo que nem sei o que é.

- Lu... - Hesito alguns segundos.

- Ele continua casado? - pergunto como quem nĂŁo quer nada. - Ela me olha com um sorriso travesso.

Lhe atiro um pano de prato e ela sorri ainda mais.

- Para. - peço. - Não é nada disso que você está pensando. Conheci a filha dele outro dia e ela é um amor.

- Ah! Bea. Sim, ela Ă©!

Mas se quer saber, Adam nunca foi casado. Não que eu saiba. - Dá de ombros.- Segundo fiquei sabendo a mãe de Bea a abandonou quando a garota só tinha um ano. Adam e Ester nunca se relacionaram como marido e mulher. Em um belo dia ela veio e deixou a menina com ele e partiu. Não se sabe a razão. Acho que nem o próprio Adam sabe disso. - Suspira. - Coitado! Ele claramente não teve sorte nesse quesito.

Estranhando meu silĂŞncio ela me olha entendendo o motivo de eu ficar calada.

Continuo olhando pela janela novamente me culpando por ser tão idiota e covarde. Sinto seus braços envolverem minha cintura e sua testa descansar em meu ombro.

- Desculpa. NĂŁo queria te machucar. - Esclarece com um suspiro.

Assinto

- Tudo bem. - Falo, mesmo no fundo sabendo que ela tem razĂŁo. Adam nĂŁo merecia nada do que lhe aconteceu.

Depois do almoço em família vou para meu antigo quarto descansar.

Sempre quando entro nele tenho a sensação de estar em uma cápsula do tempo. Tudo se encontra do jeito que eu deixei quando fui embora.

Me lembro de passar situações inesquecíveis dentro desse quarto.

Abro a janela e os raios de sol brilham sobre a cor dourada pintada nas paredes do quarto. Me inclino sobre ela e vejo que a trepadeira ainda continuava lá, junto com a escada que foi de grande ajuda em diversas situações.

Me deito na cama esfregando minha face angustiada quando flashbacks novamente invadem meus pensamentos.



Começo a vasculhar meu guarda-roupas atrás de uma roupa confortável para dormir quando escuto alguns sons vindo da minha janela.

Lentamente me aproximo tentando perceber de onde vem quando vejo que algo acerta ela provocando um som agudo.

Abro a janela e afasto as cortinas quando quase fui acertada com um pedregulho.

Olho para cima e para baixo procurando de onde ele teria vindo quando noto uma silhueta na escuridĂŁo. Me encolho sem saber quem poderia ser. Um ladrĂŁo talvez ou um Serial killer.

Resolvo chamar meu pai e rapidamente começo a fechar as cortinas quando escuto um sussurro.

- Melissa! - olho por entre a brecha das cortinas quando o ser em questĂŁo se aproxima do poste de luz do jardim.

- A-dam! - Sussurro. - O que está fazendo aqui? - Pergunto exasperada.

- Vai embora! Se o meu pai te pega aqui nĂŁo vai ser coisa boa. - continuo a sussurrar.

- Precisava te ver. - Solta e um sorriso de felicidade surge em meus lábios.

Nego com a cabeça olhando para os lados.

- VocĂŞ Ă© louco!

Ele sorri tĂŁo lindamente e aponta para uma escada escondida em meio uma enorme trepadeira que tenho perto da minha janela.

- Vou subir! - Avisa e nego, mas Ă© tarde demais.

Adam já está em minha sacada.

Mordo os lábios quando o vejo tão lindo em um traje de um verdadeiro Bad Boy. Uma blusa branca e uma jaqueta de couro preta. Seu jeans surrado de sempre e um par de coturnos.

- Adam! Você está brincando com fogo, se meu pai te pega em meu... - Mal tive tempo de falar. Quando abri a janela, ele me pegou em seus braços me levantando como se eu não pesasse nada. Enrolei minhas pernas em seu quadril enquanto nos devorávamos com um beijo fogoso.

- Melissa Lancaster, você devia saber que eu, Adam Leal, sou o próprio Hefesto, Deus do fogo. - Sussurra em meu pescoço arrancando gemidos roucos da minha garganta.

Ele agarra meus cabelos em punho e morde o lĂłbulo da minha orelha.

- Shii! Gata. Seja uma boa menina e não faça barulho.- Ordena com um sorriso malicioso. Não queremos que alguém escute e acabe com a nossa festinha, não é mesmo?- Questiona deslizando suas mãos e apertando minhas coxas. Nego veemente suspirando quando sinto suas mãos alcançarem a barra de minha camisa larga que uso para dormir.

Com os olhos presos aos meus, não impeço o seu avanço. Adam sempre tenta se controlar ao máximo quando estamos juntos e não quer ir além de toques e estímulos. Apesar de eu sempre deixar claro que estou pronta para ele e que não há nada que eu queira mais do que ser sua completamente.

Deixando-me apenas em minha calcinha de renda preta ele se abaixa e desliza suas mĂŁos pela minha panturrilha acariciando minha pele me fazendo ofegar completamente molhada.

Seus dedos ásperos deslizam minha peça íntima para baixo me deixando totalmente nua.

Ele leva a calcinha ao nariz inalando o cheiro dela, sorrindo sedutoramente para mim.

Coloca ela no bolso do seu jeans e pisca em minha direção.

Em seguida, caminha em cĂ­rculos Ă  minha volta se desfazendo das suas prĂłprias roupas.

Minha excitação está me fazendo queimar de tanta ansiedade para o que pode acontecer a seguir.

Sinto seu peito duro colar em minhas costas e seu membro duro roçar em meu quadril.

Seus lábios deixando mordidas no meu pescoço enquanto suas mãos provocam uma massagem prazerosa.

Gemo mordendo os lábios tentando controlar a vontade de gritar com a sensação que está se formando dentro de mim.

De repente ele me vira bruscamente me empurrando na cama com brutalidade.

Se tem uma coisa que percebi em Adam que tudo nele é intenso, tem força bruta. E confesso que gosto disso, o jeito que ele domina e comanda tudo.

- Se toque morena. - Ordena com os olhos em brasa.- Quero olhar para você. Mas aviso que só chegará lá quando eu permitir. - Assinto totalmente extasiada. Começo deslizando minhas mãos pela minha pele lentamente, com um sorriso devasso observando ele lamber os lábios.

Olho para Adam e ele se aproxima  ficando entre minhas pernas. Sua notĂłria excitação pulsa dentro de sua boxer me chamando atenção.

- Não seja gulosa, morena. - Ele será todo seu quando eu julgar que estará pronta para recebê-lo.

Faço beicinho e ele inclina-se beijando meu pescoço. Continuo me tocando e quando eu alcanço minha intimidade, gemo manhosa.

- A-dam! Sussurro mordendo seu ombro quando ele abocanha meu peito esquerdo, e massageia o outro.

- N-ão vou aguentar Adam! - Sibilo mordendo meu lábio inferior.

Ele se afasta minimamente lançando-me um olhar carregado de tesão.

Suas mĂŁos bloqueiam meus movimentos, substituindo meu toque pelo seu.

Seu toque é bruto, delicioso. Seus lábios alcançam os meus, absorvendo todos os meus gemidos.

- Vem, para mim, Mel! - Ordena rouco em meu ouvido me fazendo chegar lá em um orgasmo alucinante.

- Ah! Adam... - Seu nome sai dos meus lábios em um suspiro satisfeito.

- Melissa? - Mel! - Desperto das minhas lembranças com minha irmã e Blake me olhando estranho dentro do meu quarto.

- Você está bem mãe? Ouvimos você falar enquanto dormia. - Blake fala e arregalo os olhos sem graça.

Luciana arqueia as sobrancelhas e cruza os braços. Parece até saber o que estava sonhando.

Credo!

- Estou bem filho. Deve ter sido um pesadelo. - Justifico me levantando e amarrando meu cabelo em um coque frouxo.

Ele aquiesce e sai falando que dará uma volta na praça.

- Vai tomar um banho gelado Mel! Acho que o que você está precisando nesse momento! - Solta e sai sorrindo e acabo jogando- lhe um travesseiro.

Leia este capĂ­tulo gratuitamente no aplicativo >

CapĂ­tulos relacionados

Ăšltimo capĂ­tulo