Fiquei nervosa e disse:
— Bruno, o que você está pensando de mim? Está falando como se eu tivesse sido seduzida por você!
Levantei a mão e apertei a cintura dele, fazendo ele gemer de dor. Finalmente, ele soltou meu pulso.
Rapidamente me sentei, me afastandoe dele, e o encarei furiosa.
Bruno estreitou os olhos, esticou o braço e agarrou minha perna, se aproximando de mim.
— Tá bom, sou eu quem fui seduzido, então. Eu só queria que você me tocasse.
Levantei a perna para dar-lhe um empurrão, mas ele percebeu a intenção e segurou minha sola com força. Então disse:
— Só para deixar claro, isso não é desrespeito a você, é desrespeito a mim mesmo.
...
Ele falou tão abertamente, o que mais eu poderia dizer?
— Solta a minha perna! — A voz saiu fria, e movi os pés impacientemente.
A voz dele soou cheia de contenção e uma pitada de resignação.
— Não vou soltar. Você não me deixa te abraçar, então posso abraçar sua perna, não posso?
Bruno era insuportável!
— Para de brincar! Amanhã temos que acor