Diante de um homem fora de si, eu nem sequer tinha forças para chorar. Tudo o que sentia era uma profunda sensação de impotência.
Meu coração estava mergulhado em uma tristeza sem fim. O toque dele não despertava nenhuma emoção em mim; era apenas uma forma de ele se aliviar.
Sem esperança, inclinei a cabeça para trás, tentando evitar seus beijos, rezando para que ele parasse.
— Já chega! Bruno, saia da minha casa! Eu nunca mais quero te ver!
— Não quer me ver? Então quer ver quem? — Ele rasgou minha camisa com força, e suas mãos começaram a vagar sem pudor. — Ana, você diz que não quer me ver, mas seu corpo está me dizendo outra coisa. Ele não te satisfez? Implora pra mim, e eu te dou o que você precisa!
Ele retirou a mão, dobrando e estendendo os dedos diante dos meus olhos, como se me provocasse.
Naquele momento, senti um ódio como nunca antes.
Ele havia transformado algo natural e belo no corpo de uma mulher em uma marca de vergonha, e agora a cravava em mim com crueldade.