Abaixei o olhar e, quando levantei novamente, tudo o que restava em meus olhos era a determinação de me despedir do passado.
— Sim, de forma consensual. — Respondi suavemente.
Bruno permaneceu em silêncio.
O funcionário, com paciência, perguntou novamente:
— E o senhor?
Bruno não respondeu de imediato, apenas virou a cabeça e me olhou. Seus olhos começaram a ficar vermelhos.
Sob o olhar fixo dele, senti uma dor aguda no peito, e lágrimas ameaçaram cair dos meus olhos, como se uma tempestade tivesse se formado de repente, me atingindo antes que eu pudesse me proteger.
Depois de um longo silêncio, Bruno virou o rosto e respondeu com a voz rouca:
— Consensual.
O olhar desconfiado do funcionário nos percorreu.
— Não acho que o relacionamento de vocês esteja tão destruído assim... Vocês parecem...
Antes que ele pudesse terminar, Bruno e eu a interrompemos ao mesmo tempo:
— Não temos mais sentimentos um pelo outro.
— Não temos mais sentimentos um pelo outro.
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