— Mãe! — Não consegui segurar as lágrimas e comecei a chorar também. Todos os ressentimentos acumulados nos últimos dias explodiram naquele momento. — Mas e se não fizer sentido? Mãe, o coração dele não está em mim!
Sofia suspirou.
— Filha, se o coração de um homem não está em você, a culpa é sua. Além disso, vocês precisam ter um filho logo, só assim sua posição estará segura.
Ri de forma amarga.
Foi culpa minha?
Depois de casar, se o homem não ganhou dinheiro, a culpa foi da mulher.
Se o homem não voltou para casa, foi porque a mulher não o atraiu.
De qualquer forma, era sempre culpa da mulher!
Bruno me tratava mal, e eu podia aguentar.
Mas a única pessoa neste mundo com quem ainda tinha um laço de sangue, minha mãe, me decepcionou ainda mais.
— Mãe, será que a minha felicidade... — Minha voz estava embargada.
Ela me interrompeu:
— Ana! Você quer que eu me ajoelhe para você?
...
Minha mãe disse que se ajoelharia para mim, e se isso não fosse suficiente, ela bateria a cabeça no chão.