Não havia ninguém em casa, e voltei para o quarto para trocar de roupa antes de ir encontrar o Bruno.
Ao abrir a porta do guarda-roupa, vi minhas roupas amontoadas e amassadas no canto inferior, enquanto no varão, todas haviam sido substituídas pelas roupas da Gisele.
O pijama do Bruno estava pendurado ali, bem ao lado das roupas dela.
Foi só então que percebi que, às vezes, a dor podia surgir sem que alguém precisasse te bater ou te insultar. Bastavam algumas roupas bonitas penduradas no lugar das suas... Tão simples assim!
Juntei o meu sentimento de perda com as roupas amarrotadas e joguei tudo no cesto de roupa suja.
Depois que minha mãe faleceu, proibi a mim mesma de pensar demais.
Tudo o que eu precisava era lembrar do meu objetivo, e o resto poderia ser descartado.
Sem outra escolha, desci até o closet no andar de baixo. Escolhi usar um vestido, mas era um modelo mais conservador.
Fiquei me olhando no espelho. Aquilo seria o suficiente para o Bruno; se eu fosse mais ousada, ta