Eu não soltei.
Toda a raiva e frustração reprimidas no meu coração começaram a emergir lentamente no momento em que o vi.
Só ao sentir o gosto de sangue em minha boca, senti uma leve sensação de satisfação vingativa.
Bruno suportou em silêncio. Seus olhos se encheram de uma fúria sombria, e seu belo rosto ficou coberto por uma camada de gelo assustadora.
Mesmo com o sangue escorrendo pelo pulso, ele não emitiu um único som, apenas tremia involuntariamente por causa da dor física.
Meus dentes doíam de tanto morder, e só então ele começou a mover lentamente o pulso, retirando a mão da minha boca, mas ainda segurava a minha sem soltá-la.
Seu polegar acariciava suavemente o dorso da minha mão.
Com a voz rouca e cheia de advertência, ele disse:
— Ana, não vá contra mim. Não vá contra a família Henriques. Só quero que você entenda uma coisa: se você não for minha esposa, você não será nada. Não terá nada. Mas, se ficar ao meu lado, terá tudo o que quiser. — Ele sorriu levemente, com uma p