A ilha privativa no Caribe era o paraíso que Isabella sonhara: águas turquesas cristalinas, areia branca como neve, uma villa luxuosa com piscina infinita e serviço 24 horas. Rafael e ela haviam chegado há três dias, de jatinho particular dos Monteiro, com bagagens cheias de roupas de grife e promessas vazias de "um novo começo". Mas para Rafael, aquilo era uma prisão dourada. Uma gaiola com vista para o mar.

Ele estava na varanda da villa, olhando o sol se pondo no horizonte, um copo de rum intocado na mão. Isabella nadava na piscina lá embaixo, o biquíni branco contrastando com a pele bronzeada, rindo sozinha como se tudo fosse perfeito. Mas não era. Nunca fora.

Os dois seguranças — disfarçados de "motoristas" e "assistentes" — ficavam por perto o tempo todo. Um deles, o careca com tatuagem no pescoço, fumava um cigarro no jardim, os olhos sempre vigilantes. O