“Abigail Zapata Monterrey”
Depois de descobrir que o meu pai havia sido assassinado eu fiquei muito mal, foi como se o luto fosse revivido. Eu estava tão nervosa que o Martim ligou para o médico que recomendou descanso, mas seria melhor evitar um remédio. A Seraphina preparou um chá para mim e depois que eu o tomei, eu chorei abraçada ao Martim até pegar no sono.
Quando eu acordei o dia, eu não tinha idéia de quanto tempo havia dormido, mas o Martim estava sentado ao meu lado na cama, com o laptop no colo, provavelmente trabalhando. Mas assim que percebeu que eu estava acordada ele colocou o computador sobre o criado mudo e se deitou para me abraçar.
- Oi, minha coelhinha! Como você está? – Sua voz era baixa e doce enquanto suas mãos desenhavam círculos em minhas costas.
- Estou bem. Eu dormi muito? – Eu perguntei, pois as cortinas estavam fechadas e o abajur ao lado dele estava aceso.
- Você dormiu o quanto precisava. – Ele deu um beijo em minha testa. – Mas foi o suficiente para que