“Alice Borges”
Eu já estava cansada de esperar, aquele velho chato me mandou ficar quieta nesse apartamentinho ridículo enquanto ele resolvia alguns assuntos desse pardieiro, mas eu estava ansiosa para mostrar a ele o que eu trouxe e ganhar um pouquinho mais da sua confiança. Mas o Luiz me garantiu que ele ficaria satisfeito e me recompensaria, desde que eu esperasse pacientemente. Bom, paciência não era algo que eu tinha. Então ouvi o barulho na porta e corri para fingir que estava folheando uma revista.
- Sobrinha, chegou a sua vez, minha querida. – O velho entrou na pequena sala com um sorriso arrogante.
Cada vez eu o odiava mais. Ele era alto, corpulento e com os cabelos quase brancos. Era um velho tarado, sempre foi e sempre me cercou, agora que eu estava aqui, se não quisesse ter que trabalhar com qualquer das porcarias que ele se metia, eu tinha que ser a putinha dele.
- Titio, eu me sinto tão sozinha aqui, onde está a mamãe? – Eu perguntei, pois desde que ele descobriu que a m