“Natália Monterrey”
Já fazia tanto tempo que eu não me interessava por ninguém, mais do que eu poderia imaginar que fosse acontecer. Mas eu estava ali, sentada diante daquele homem bonito, ouvindo música boa, como diria o meu irmão Tomás, e ouvindo a voz do Mário acariciar os meus ouvidos com aquelas histórias de viagens que ele já havia feito pelo mundo.
Ele não era só um homem bonito, ele era culto, inteligente, divertido. E ele era exatamente o tipo de homem do qual eu deveria fugir, lindo e mulherengo. Ele era o tipo irresistível, aquele que te faz sentir a mulher mais especial do mundo, mas o problema é que ele também era o tipo que sumia no dia seguinte e eu já tinha experimentado isso e não tinha gostado.
- Mais vinho, linda? – Ele perguntou, me tirando dos meus pensamentos.
- Ah, não, já bebi muito. – Eu sorri ao recusar a bebida.
- Bebeu o suficiente para não responder pelos seus atos? – Ele estreitou os olhos para mim.
- Não, eu ainda estou bem lúcida. – Eu ri.
- Então você