“Natália Monterrey”
Eu estava olhando para o Mário pensando que talvez eu tivesse ouvido errado ou que ele estivesse brincando comigo. Só podia ser uma dessas duas opções, afinal, quem, em sã consciência, se oferece para esse tipo de coisa? Se oferece, como se estivesse se oferecendo para o sacrifício... o sacrifício da quase virgem... e a idéia me pareceu tão estapafúrdia que era cômica. Então eu comecei a rir, uma gargalhada descontrolada. E eu não conseguia parar.
Ele me olhava atordoado e eu continuava rindo e ri até perder o fôlego e começar a chorar. E o meu choro foi igualmente descontrolado, alto, cheio de soluços, cheio de algo que eu nem sabia que ainda tinha em mim, vergonha e arrependimento por ter me colocado naquela situação na época da faculdade e vergonha e arrependimento por ter aberto a minha boca agora e me colocado nesta situação, novamente constrangedora e acachapante.
Ele me abraçou, me puxou para si e me abraçou tão forte que eu fui parar no chão com ele e no se