Assim que cheguei ao escritório, meus olhos imediatamente encontraram Clara. Ela parecia tensa, provavelmente aguardando minha chegada.
Respirei fundo e me aproximei dela.
— Clara, será que podemos conversar em minha sala? — pedi, em tom sério.
Ela assentiu, levantando-se rapidamente. Porém, ao dar um passo, Clara tropeçou em seus próprios pés, quase caindo.
Por reflexo, estendi os braços e a segurei, impedindo que ela se desequilibrasse.
— Cuidado! — exclamei, preocupado.
Clara me encarou, o rosto completamente corado.
— Obrigada, desculpe a quase queda — ela murmurou, ajeitando a roupa com nervosismo.
Sorri de leve, acompanhando-a até a sala. Fechei a porta atrás de nós e a convidei a se sentar.
— Então, Clara, li que você teve o final de semana para analisar a proposta com calma. O que achou? — perguntei, direto.
Ela respirou fundo, abaixando o olhar.
— Sim, eu li o contrato com atenção. Mas, sinceramente, ainda não sei se conseguirei aceitar esse tipo de acordo — confessou, a voz