Valéria
Caminho por entre os corredores feitos de concreto puro para alcançar a próxima sala.
É minha missão fazer visitas diárias a meus hóspedes antes que eles me acusem de não ser uma boa anfitriã.
O sujeito de guarda na porta me olha de cima a baixo, mas não se atreveria a tocar em um único fio de cabelo da minha cabeça, pois seria prontamente reportado ao seu chefe e duvido que ele gostaria de que a sua maior colaboradora fosse ferida, somente porque seus subordinados são animais que não podem conter os seus instintos.
— Como ela está se sentindo hoje? Deixaram que tomasse um banho?
— Claro que deixamos, fizemos o que pediu. — Com certeza fizeram muito mais do que eu pedi, mas não discutiria com eles sobre seus desejos imundos, desde que fiquem bem longe de mim.
Quão azarada a criatura