Ela tentou se soltar, o olhar em chamas.
— Como eu fui burra… — sussurrou com amargura.
— Me enganei completamente com você. É igual ou pior que o Lúcio. Sente prazer em me usar, em me humilhar…
Alexander não piscou.
— A diferença é que estou disposto a te dar tudo que ele nunca te deu — murmurou, os olhos fixos nos dela.
— Uma vida de luxo. Segurança. E muito, muito prazer.
Antes que ela pudesse retrucar, ele a beijou.
Foi um beijo selvagem. Cru. Um beijo carregado de raiva, desejo e dor. Liz gemeu contra a boca dele, o corpo rígido, as mãos presas. Mas aos poucos, algo cedeu. Havia tanto ali — tanto que ela sentia, tanto que odiava sentir
— que seus pensamentos começaram a ruir.
Alexander percebeu.
Suavizou o beijo, transformando a fúria em calor. Deixou que os lábios explorassem os dela com uma ternura quase insuportável, como se pedisse perdão sem palavras. Uma das mãos soltou os pulsos dela, a outra deslizou até o rosto, acariciando-o com inesperada delicadeza